Com doença incurável, mãe pede ajuda contra abandono após morte de filha e desabamento de casa

Maria Audinéia vive há um ano um dos momentos mais difíceis de sua vida. Saiba como ajudar

Byanka Arruda
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Diagnosticada há um ano com lúpus, uma doença autoimune que pode afetar múltiplos órgãos e até hoje não tem cura, Maria Audinéia Brito, de 39 anos, vive uma das fases mais sofridas e penosas de sua vida e pede ajuda. A história dela nos últimos doze meses é uma sucessão de tragédias e infortúnios - o que fez a mãe buscar as redes sociais para pedir auxílio. Veja:

Ano passado  Audinéia trabalhava como copeira, mas de repente passou a sentir muitas dores e descobriu, depois de vários exames e idas ao médico durante meses, que tinha lúpus. A doença, no entanto, já fazia parte da rotina da família há muitos anos, trazendo intenso tormento. Uma das filhas de Maria Audinéia, a menina Rayssa, de apenas 18 anos, tinha lúpus desde os 13. Ela faleceu há seis meses em decorrência da doença, pouco tempo depois do diagnóstico da mãe.

Mesmo com um caso da doença dentro de casa, o diagnóstico de Maria Audinéia demorou bastante para a ser descoberto. "Eu era copeira e precisei largar tudo, entregar o lugar no meu emprego para fazer o tratamento e os exames. Ninguém sabia o que era que eu tinha, mesmo sabendo do diagnóstico da minha filha, custaram a descobrir que era a mesma a doença. Infelizmente não tem cura, só tratamento, só Jesus pode me curar", explica, emocionada.

Diante de tanta dor e desamparo, Maria Audinéia ainda foi abandonada pelo ex-esposo assim que descobriu a doença. Após o resultado, o ex-companheiro dela deixou a casa e iniciou em seguida um novo relacionamento. "Logo que ele descobriu que eu tinha também a mesma doença que levou a minha filha ele me deixou e foi viver com outra. Ele me abandonou no momento que eu mais precisei da ajuda dele, mas infelizmente a vida é assim", lembra com tristeza.


Mas os acontecimentos tristes na vida dela não pararam de surgir.

Mãe de seis filhos, ela morava com apenas um no bairro da Pedreira, em Belém. Os outros quatro, já adultos, residem em outros locais com suas novas famílias. Com todas as dificuldades econômicas e solidão, ela vivia numa casa humilde e contava apenas com a ajuda do filho Daniel, de 14 anos.

No mês passado, no entanto, uma nova tragédia atravessou a vida dela. Após um temporal, o andar de cima da de residência dela desabou e ela, que hoje vive numa cadeira de rodas, precisou ser retirada às pressas para não ser soterrada pelos escombros. "Foi logo depois de um temporal, no dia seguinte caiu o andar de cima. Eu estava em casa, na cama, quando aconteceu. Meus irmãos me tiraram depressa e me salvaram", relembra magoada.

A residência dela foi condenada pela Defesa Civil de Belém, sob risco de desabamento total do imóvel. Desde então, Maria Aldinéia e o filho foram morar com uma das irmãs dela. Os dois estão alojados em um pequeno quarto onde mal cabem os poucos objetos que ela possui. Daniel, o filho, agora dorme num colchão no chão, pois no cômodo não há espaço para duas camas. "Estamos morando de favor na casa da minha irmã. Meu filho dorme no chão porque só dá para colocar uma cama no quarto que a gente está, que é a minha. Eu não posso me locomover, fico o tempo todo deitada. Me dói ver meu filho no chão, porque não tem onde ele ficar", conta com tristeza.

Desesperada com tantos episódios infelizes na vida, Maria apela para a solidariedade das pessoas. Hoje ela precisa fazer tratamento de lúpus na Santa Casa de Misericórdia e hemodiálise três vezes por semana, por complicações renais causas pela doença. Mas, além dos tratamentos disponibilizados gratuitamente pelo Sistema Único de Saúde (SUS), ela precisa comprar mais sete medicações, todos de uso diário e contínuo, para poder sobreviver. Todos os remédios são caros e ela depende da ajuda de parentes e amigos, mas a situação é cada vez mais angustiante. Ela recebe auxílio, mas o dinheiro mal dá para custear todas as medicações.

image Audinéia: dificuldades para manter a hemodiálise e medicações (Ivan Duarte / O Liberal)

Por conta das diversas dores causas pela doença, Maria Audinéia passa a maior parte do tempo acamada. "Atualmente eu não ando. Quem me leva para o tratamento é meu filho. Eu uso cadeira de rodas e tenho que ir de Uber (serviço de transporte de passageiros por aplicativo) várias vezes por semana para fazer tratamento. Tenho que pagar a condução, os remédios, outras despesas de higiene, alimentação... A minha vida de um ano para cá virou de cabeça para baixo, é muito sofrimento, é uma dor muito grande...", lamenta.

"Só quem me ajuda é minha família, meus irmãos, meus amigos, mas eles também têm a própria vida, a própria família, dívidas de suas casas e não podem me auxiliar sempre. Eu não tenho mais forças para ficar em pé. Eu perdi o movimento das minhas pernas. Sinto muita dor nas pernas, dor nos ossos, muita fraqueza, preciso de ajuda. Tudo que puderem fazer para ajudar nesse meu sofrimento será muito bem vindo", pede a mulher, desconsolada. "Eu queria ajuda de vocês para me ajudar a fazer a minha casa. Se alguém pudesse me ajudar. Por favor, me ajudem, quem puder me ajudar, de qualquer forma".

Para ajudar


Para doações de alimentos, roupas e sapatos (em condições de uso), itens de higiene, medicações ou dinheiro, entre em contato com Maria Audinéia pelos números (91) 98336-6620 e (91) 98374-8704 (o da irmã, Adriana).  

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