Chegada dos fundadores da Assembleia de Deus é recontada em reconstituição artística

Daniel Berg e Gunnar Vingren, os pioneiros, chegaram à capital há 110 anos, na escadinha do cais do porto

Emanuele Corrêa
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Na manhã deste sábado (19), na escadinha do cais do porto, na Estação da Docas, a Assembleia de Deus realizou a reconstituição artística da chegada dos missionários Daniel Berg e Gunnar Vingren, fundadores da igreja pentecostal no Pará. Aproximadamente 200 pessoas se reuniram no local, dentre elas, 90 utilizavam figurinos do século XX. Algumas pessoas representavam feirantes, donos de restaurante e demais núcleos da população da época. Kleber Farias, diretor artístico, falou do começo desta produção artística, que foi planejada desde o início do ano, mas há um mês estava sendo ensaiada e organizada. 
"Já fazemos esta reconstituição artística há 10 anos, contando como foi a chegada dos nossos missionários. Devido à pandemia, não pudemos sair pela avenida Presidente Vargas, até a praça da República, mas respeitando todas as medidas de segurança. Estamos realizando aqui na escadinha desde a chegada, a passagem dos missionários na feira de rua, até chegar na praça da República. Este é o momento de trazer a memória de algo que nos traz esperança. É um marco da Assembleia de Deus, que começou ontem, mas está presente até hoje." disse Kleber Farias, diretor artístico. 
Kleber explica que a população foi orientada a não ir ao local, para evitar aglomerações. Seria recebido só um número determinado de pessoas, devido à transmissão do evento, pela TV, ao vivo. Apesar das orientações constantes da organização, que falava ao microfone para as pessoas usarem máscara, tomando os devidos cuidados, eram vistas pessoas menos conscientes e sem o acessório essencial para proteção contra covid-19. Não era a maioria, mas ainda era possível percebê-las.

No telão, próximo à escadinha, eram exibidas imagens das embarcações chegando. Era o início da reconstituição. As pessoas se posicionaram nos seus núcleos: casais, famílias e outros moradores da Belém antiga, com roupas do século XX. Núcleo das feirantes, vendendo frutas típicas da região. Enquanto a encenação começava, mulheres com instrumentos musicais variados tocavam e cantavam um hino da Assembleia de Deus.

Pessoas seguravam balões, bandeiras... Sorriam e se confraternizavam. Jhenyfer Teles, 16 anos, e o pai dela assistiam pela primeira vez a encenação. Enquanto as cenas se desenrolavam, uma narração contava a história da chegada dos missionários. A moça comentou sobre a alegria de fazer parte deste momento.

"Estou achando divertido. É um evento muito bonito, organizado. É uma felicidade ver a igreja comemorar 110 anos de história. Espero que ano que vem estejamos em outro cenário, que a vacina chegue para todos e possamos fazer esse evento com muito mais pessoas e continuemos as nossas vidas", disse Jhenyfer.

Sobre a história:

No início do século XX, os suecos Daniel Berg e Gunnar Vingren, receberam em profecia a ordem de que tinham que pregar o evangelho num lugar chamado Pará. Ao pesquisarem em um mapa, descobriram que era um local distante, localizado na Amazônia.

Sem dinheiro e sem entenderem o idioma português, partiram de Nova York rumo à capital paraense. Eles desembarcaram em Belém no dia 19 de novembro de 1910. Conheceram o casal Henrique e Celina Albuquerque, que cederam a própria casa para as reuniões pentecostais e que dariam início à Assembleia de Deus.

 

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