Bebê que teve a cabeça arrancada sofria de complicação 'incomum', diz Santa Casa

Segundo o hospital, feto sofria de uma complicação obstétrica pouco frequente chamada distócia de ombro. Caso já está sendo investigado pela polícia.

Redação Integrada
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O bebê que teve a cabeça arrancada durante um parto realizado na Santa Casa de Misericórdia na última sexta-feira (16) sofria de uma complicação obstétrica pouco comum chamada distócia de ombro. A informação foi divulgada em nota pela Santa Casa de Misericórdia no começo da noite deste sábado. O hospital, que lamentou o ocorrido, alega que todos os procedimentos previstos para casos como esse foram realizados. 

Assista ao relato emocionante do caso:

“O feto possuía várias malformações, o que ocasionou uma complicação obstétrica pouco frequente chamada distocia de ombro, na qual a cabeça fetal se exterioriza e o corpo não. Todas as manobras previstas na literatura científica foram realizadas com o intuito de despender o ombro fetal e assim liberar o restante do corpo do bebê. Mas a equipe não obteve sucesso com a realização do procedimento”, disse a nota.

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A complicação torna o parto vaginal mais difícil e requer cuidados específicos da equipe que trabalha durante a realização do procedimento. Na noite de sexta-feira, Daira Oliveira de Souza  chegou a Belém, vinda de Ourém, em avançado trabalho de parto. Recebida na Santa Casa de Misericórdia, ela passou por um procedimento indicado para a realização do parto natural, mas durante o trabalho a cabeça do feto foi arrancada, segundo o testemunho de Amanda Vieira, amiga da família que acompanhava o parto. “Uma (enfermeira) novinha puxou, puxou com força e a cabeça do bebê caiu no chão”, garantiu.  O feto já foi levado para o exame cadavérico no Centro de Perícias Científicas Renato Chaves

No começo da tarde, o governador Helder Barbalho usou sua conta no twitter para prestar condolências à família e informar que havia acionado a Polícia Civil para investigar o caso, assim como dizer que havia determinado o afastamento imediato dos profissionais envolvidos no caso. "Pedi também a Polícia Civil do Pará que apure com rigor o ocorrido."  Em nota curta, a Polícia Civil disse apenas que “já instaurou um inquérito que corre em sigilo para investigar, junto com o Renato Chaves, as causas e os responsáveis, para eventuais punições sobre o caso”. 

A Fundação Santa Casa também garantiu que uma investigação interna foi instaurada para apurar as condutas técnicas adotadas durante o parto e investigar se houve erro da equipe envolvida no parto do bebê, “dentro do processo de avaliação de riscos e de cumprimento dos protocolos de segurança do paciente estabelecidos pelo hospital”. O hospital confirmou que os profissionais - que não tiveram os nomes divulgados - foram afastados.  “A Fundação Santa Casa do Pará lamenta profundamente a morte do bebê e se solidariza com seus familiares”, acrescenta a nota enviada pelo hospital.

 

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