Antigo reformatório de Cotijuba será restaurado e deve ganhar nova função na ilha
Ainda há várias propostas, mas todas envolvem a preservação da história contada pelo prédio atualmente em ruínas
Durante uma entrega de obras na ilha de Cotijuba, em Belém, nesta quarta-feira (21), o prefeito Edmilson Rodrigues (PSOL) anunciou que pretende restaurar o prédio do antigo reformatório local, já desativado e em ruínas, para transformá-lo em um espaço que agregue benefícios à comunidade local. As propostas reúnem áreas como economia, turismo ou saúde. O gestor confirmou que um planejamento ainda será feito. Porém, o espaço deverá preservar a característica histórica.
Para que o espaço possa ganhar uma nova cara, o prefeito informou que é preciso haver um diálogo com o estado. Ele acredita que não deve ocorrer empecilhos em virtude dos favorecimentos que a reformulação do local podem trazer à sociedade. “Eu vou conversar com o governador [Helder Barbalho] para que ele ceda à prefeitura o antigo reformatório da ilha. De repente a gente pode reformar uma nave para um serviço de saúde, uma parte à administração regional, exposição de artesanato ou até incluir os vendedores de café da manhã”, disse o prefeito.
Edmilson disse ainda que, em breve, uma equipe de arquitetos deve ir à ilha com objetivo de analisar e medir o espaço, para que seja feita a elaboração de um projeto. “Imagino que possamos cobrir, retirar os pisos, compactar a base, recolocar os pisos que são ladrilhos cerâmicos. O que for preciso, complementamos com outro material. Vamos dar uso turístico a isso”, projetou o gestor municipal,
O prefeito afirmou que o espaço estará à disposição da comunidade. Exemplificou que, caso seja solicitado, o espaço pode receber eventos das igrejas, escolas e cursos de formação. “Hoje está abandonado, mas a partir da nossa conversa com o estado, podemos dar uma nova cara. Esse é um sonho que logo mais iremos realizar”, declarou o prefeito.
No início do século XX, o que hoje é um prédio em ruínas, na ilha de Cotijuba, foi uma escola para reeducação de adolescentes em conflito com a lei. Em 1933, surgia o Educandário Nogueira de Faria, para abrigar esses adolescentes. Mais tarde, foi transformado em presídio. Condenados políticos também chegaram a ser aprisionados, ainda nos anos 30, durante o Estado Novo. O prédio perdeu a função de cárcere, em 1977, quando abrigava a antiga Colônia Penal de Cotijuba.
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