Ação identifica 74 casos suspeitos de hanseníase

Os pacientes foram encaminhados para atendimento com médico especialista na doença

João Paulo Jussara

Somente no ano passado, quase 2.200 novos casos de hanseníase foram confirmados no Pará, de acordo com o coordenador estadual de Controle da Hanseníase, Bruno Pinheiro. No último sábado, 18, durante as ações do Programa Territórios pela Paz (TerPaz), realizadas nos bairros do Guamá, Jurunas, Terra Firme e Cabanagem, a Secretaria de Estado de Saúde Pública (Sespa) encontrou 74 casos de pessoas com suspeita da doença, portando manchas ou lesões na pele, dos quais três tiveram diagnóstico confirmado na mesma hora, sendo um no Guamá e dois na Cabanagem. Os pacientes foram encaminhados para atendimento especializado com médico hansenólogo.

O trabalho marcou o início da Campanha Janeiro Roxo, que chama a atenção para a necessidade do diagnóstico e tratamento precoces da hanseníase, e enfatiza que é uma doença que tem cura. Além da triagem de 172 pessoas, foram realizadas palestras sobre o tema nesses bairros para aproximadamente 200 pessoas.

Para Bruno Pinheiro, os resultados das ações demonstram o quanto é importante a Campanha Janeiro Roxo. "Esses quatro bairros estão entre os que têm maior incidência de casos de hanseníase, e as ações realizadas pelo TerPaz contribuem para o atendimento da demanda reprimida nessa área, ou seja, atender às pessoas que têm dificuldade de conseguir consulta para diagnóstico qualificado na rede básica de saúde por diversos motivos", disse o coordenador.

Bruno ressaltou que o diagnóstico precoce, o tratamento adequado da hanseníase e avaliar anualmente, por pelo menos cinco anos, a família dos casos diagnosticados, são ações fundamentais para evitar que o agravamento da doença leve à incapacidade física e deixe sequelas para o resto da vida. Ele informou que todos os casos suspeitos encaminhados para o especialista que forem confirmados vão iniciar o tratamento imediatamente.

Sinais e sintomas

A hanseníase é uma doença infecciosa, contagiosa, que afeta os nervos e a pele. Os principais sinais e sintomas são manchas esbranquiçadas ou avermelhadas dormentes, lesão tipo impingem e caroços na pele. As pessoas em tratamento não transmitem a doença e podem levar uma vida normal no trabalho, na família, na escola e na sociedade. Para ficar curado é preciso seguir a medicação regularmente até a última dose. O tratamento, totalmente gratuito e disponível no Sistema Único de Saúde (SUS), é realizado no nível ambulatorial e não necessita de internação.

Para casos que requeiram intervenções de média complexidade, o Estado dispõe de três Unidades de Referência Especializadas (URE), para onde os pacientes são encaminhados: A URE Marcello Cândia, em Marituba; a URE Demétrio Medrado, em Belém, e ainda em Santarém. Todas elas, além do diagnóstico e tratamento, oferecem reabilitação aos pacientes e funcionam adequadamente, sem lista de espera para atendimento.

Entre no nosso grupo de notícias no WhatsApp e Telegram 📱

Palavras-chave

Belém
.
Ícone cancelar

Desculpe pela interrupção. Detectamos que você possui um bloqueador de anúncios ativo!

Oferecemos notícia e informação de graça, mas produzir conteúdo de qualidade não é.

Os anúncios são uma forma de garantir a receita do portal e o pagamento dos profissionais envolvidos.

Por favor, desative ou remova o bloqueador de anúncios do seu navegador para continuar sua navegação sem interrupções. Obrigado!

ÚLTIMAS EM BELÉM

MAIS LIDAS EM BELÉM