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Quatro fatos que comprometem o presente e o futuro da Amazônia

No Dia Mundial do Meio Ambiente, a Conexão AMZ destaca ações que revelam: garantir a preservação da biodiversidade e das riquezas da nossa região ainda é um enorme desafio

Equipe | Conexão AMZ

Meio Ambiente é assunto muito importante e que impacta diretamente a vida de todos nós. Por isso, é um dos pilares de conteúdo e pauta constante da Conexão AMZ. Nos últimos meses, mostramos diversas práticas que comprometem o equilíbrio socioambiental na região. Também ouvimos especialistas que apontam soluções para construirmos um futuro mais responsável e sustentável. Sim, é possível!

1 - Saneamento básico precário

Em novembro do ano passado, a Confederação Nacional da Indústria (CNI) apresentou o resultado de um levantamento sobre coleta de esgoto no Brasil. A pesquisa apontou que os três estados com o maior déficit  no país ficam na Região Norte: Rondônia (4,1%), Amapá (5,9%) e Amazonas (7,3%). Todos com menos de 10% de coleta do total de dejetos produzidos.

Um outro relatório, publicado pelo Instituto Trata Brasil, em abril do ano passado, apontou que três dos 100 municípios brasileiros acima de 100 mil habitantes com pior saneamento básico estão no Pará: Ananindeua (99ª), Belém (98ª) e Santarém (97ª).

O problema impacta não só a saúde pública, causando várias doenças, mas, também, o meio ambiente, com a contaminação do solo e a poluição dos mananciais de água, por exemplo. 

image Aterro Sanitário de Marituba (O Liberal)

2 - O destino do lixo ainda é um enorme gargalo

Uma verdadeira novela. Desde o primeiro semestre de 2018, a Conexão AMZ acompanha a polêmica da destinação do lixo produzido na Região Metropolitana de Belém. Nesta reportagem, listamos episódios-chave para entender a questão.

Em junho do ano passado, fizemos uma reportagem especial, mostrando que o lixão do Aurá ainda é uma bomba-relógio ativa. Uma mistura tóxica de lixo, orgânico e não-orgânico, que causa impactos ambientais severos à fauna e flora aquática da região onde está inserido. Leia aqui a entrevista com Marcelo Lima, pesquisador em saúde pública do Instituto Evandro Chagas. 

Vale lembrar que, em 2010, uma Lei Federal obrigou as prefeituras de todo Brasil a buscar alternativas sustentáveis para a destinação do lixo. Foi, então, que Belém e municípios vizinhos escolheram a empresa Guamá Resíduos Sólidos para implantar um aterro sanitário no município de Marituba. Ninguém imaginou que seria uma solução de tão curto prazo.

image Empresas estrangeiras financiam desmatamento na Amazônia (Agência Brasil)

3 - Multinacionais financiam o desmatamento na Amazônia

Em maio deste ano, repercutimos um relatório da respeitada ONG Amazon Watch, que aponta: empresas europeias e norte-americanas são grandes financiadoras do desmatamento na Amazônia. Confira a reportagem aqui.

A organização listou 27 empresas cuja cadeia produtiva foi ligada ao desmatamento ilegal na região, basicamente por meio da importação de produtos como carne bovina, couro, soja e madeira. O relatório, que ganhou destaque internacional com reportagem no jornal norte-americano The Guardian e no francês Le Monde, analisou ainda as remessas de 56 empresas brasileiras envolvidas no desmatamento ilegal para o exterior como forma de demonstrar que importadores da Europa e da América do Norte compraram, sem culpa, de fornecedores brasileiros mesmo que estes tenham recebido multas das autoridades ambientais.

Na época, a Conexão AMZ também ouviu o pesquisador Adalberto Veríssimo, fundador de um dos principais institutos de pesquisa para o desenvolvimento sustentável na Amazônia, o Imazon (Instituto do Homem e Meio Ambiente da Amazônia) e diretor de projetos do Centro de Empreendedorismo da Amazônia, sobre as constatações do relatório. Confira a entrevista aqui.

image Alunorte, em Barcarena (Arquivo Oliberal)

4 - A contaminação do ecossistema por atividades produtivas

Em março de 2018, foi encontrada uma tubulação que despejava resíduos da Hydro Alunorte em uma área de armazenamento de carvão em Barcarena, município da Região Metropolitana de Belém. Na época, o Instituto Evandro Chagas comprovou que os igarapés da região estavam com altas concentrações de metais tóxicos e a Secretaria de Meio Ambiente do Pará autuou a mineradora pela construção do canal clandestino e pelo lançamento de rejeitos no rio Pará sem qualquer tipo de tratamento. A produção da Hydro foi, então, parcialmente interrompida por decisões judiciais.

Em maio deste ano, a empresa teve sua primeira vitória na Justiça, sendo autorizada a retomar 100% da sua produção após pagar multas de R$ 33 milhões e cumprir, segundo o Ministério Público Federal (MPF), as demais obrigações previstas no Termo de Ajustamento de Conduta (TAC) assinado com o próprio MPF, o Ministério Público Estadual (MPPA) e o Governo do Pará. Leia a reportagem aqui.

Atualização

Em nota enviada à nossa redação nestas quinta-feira, 6, a Hydro informou que “sobre a utilização do canal reserva, chamado de Canal Velho, a Alunorte esclarece que o lançamento de água de chuva com pH tratado da área interna da refinaria no rio Pará, no dia 17 de fevereiro de 2018 e entre os dias 20 e 25 do mesmo mês, foi uma medida de emergência durante as fortes chuvas, conforme informado às autoridades ambientais. Esta água não teve contato com o resíduo de bauxita”.

A respeito do duto com fissuras na vedação de concreto por onde houve infiltração, a empresa firma que o referido duto foi “vedado, de acordo com a recomendação dos órgãos competentes, e a Alunorte contratou a consultoria ambiental Enviro-Tec para analisar a água e o solo na área em torno do duto, fora da refinaria e os técnicos concluíram que a água da chuva que vazou através desse duto não causou impacto negativo no solo”.

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